terça-feira, 24 de abril de 2012

Acidez do Dia - Na horizontal, é tudo a mesma coisa!


De verdade: o país pululando em denúncias de corrupção e a Veja me sai com essa capa?

Sem comentários! 
Eu não vou nem entrar aqui na discussão sobre o preconceito trazido pela reportagem de capa! Sou baixinho, sim, e com muito orgulho! Meço 1,65m, e tenho mais talento do que me limita a minha altura! Sem contar que na horizontal, é tudo a mesma coisa! O máximo que acontece é pé na canela e pronto!

O pior é a Veja, a maior revista do país – e a de maior circulação – trazer uma reportagem “popularesca” como essa, uma pseudo-reportagem científica típica do Fantástico, como diria Carol, em um momento tão crítico na política brasileira. Talvez eu esteja sendo leviano, mas depois que Little Charles Waterfall (aka Carlinhos Cachoeira) foi preso, as denúncias sumiram da capa da revista!

Capa que, por sinal, opõe um elegante e feliz homem alto a outro baixinho com expressão rabugenta e estampa a manchete "Do alto tudo é melhor", que detalha dizendo que "A 'evolução tecnofísica' explica por que as pessoas mais altas são mais saudáveis e tendem a ser mais bem-sucedidas". Ela deixou muita gente estarrecida e, tão logo, caiu nas redes sociais e blogs, gerando, obviamente, inúmeras críticas e intensos debates, que ainda devem se prolongar por alguns dias.

Mas o absurdo maior, para mim, vem no seguinte trecho:

"A altura está associada também à produtividade, ao poder e ao sucesso. Pessoas mais altas são consideradas mais inteligentes e conseguem aumento de salário com maior facilidade do que as mais baixas. Medir 5 centímetros a mais do que os colegas de trabalho garante um salário 1,5% maior, ou 950 dólares suplementares no fim do ano. A altura é um quesito crucial até para a liderança. Entre 1789 e 2008, 58% dos candidatos mais altos à Presidência dos Estados Unidos ganharam as eleições. Barack Obama tem 1,85m. O republicano Mitt Romney, 1,88 metro".

Dane-se o que acontece no Brasil! Dane-se a utilidade pública que uma revista como a Veja pode ter e trazer para a população. E viva o estereótipo! O importante é você ser alto! E esbelto! E ser o Carlinhos Cachoeira, que mede, incrivelmente, 1,68m! Opa, altura não é tudo, não é mesmo?

Como diria Luís Fernando Veríssimo, em uma de suas crônicas, “e a todas essas, o povo pagando impostos”! Parabéns à Veja! Não posso deixar de perder a próxima edição!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Acidez do Dia - Vuvuzela no delas é refresco!


Você achava chata a vuvuzela, não é? Então tá... pergunte a qualquer mulher o que é mais insuportável: uma vuvuzela ou uma buzinada?

Eis que você, mulher bonita, interessante, com corpo bonito, está andando pela rua a caminho do seu trabalho, do seu passeio vespertino, ou mesmo indo buscar seu filho ou sua filha no colégio, quando não mais que de repente ouve uma buzinada, geralmente duas curtas, tipo Papa-Léguas (beep-beep!!!)...

Corta a cena para o carro do peão, do imbecil...

Eis que você, playboy, peão, homem grosso, sem educação, está no seu carro, geralmente ouvindo funk ou sertanejo ou pagode ou qualquer música ruim no maior volume, e avista uma mulher bonita, interessante, com corpo bonito (“nossa, que gostosa”, você pensa!), e tasca uma buzinada, geralmente duas curtas, tipo Papa-Léguas (beep-beep!!!)...

Como se diz no Ceará, "Ô gesto do meu abuso"!

Corta a cena para mim...

Eu realmente não consigo entender o que se passa na mente de um ser humano do sexo masculino (porque esse tipo de gente não é homem para mim!) nesses instantes! O que leva uma pessoa a BUZINAR para uma mulher na rua? Ele realmente acha que ela vai se interessar por ele por causa de uma buzinada?

“Ai, amigããã, um cara numa Mercedez buzinou para mim... fiquei toda molhadinha!!!”

Não quero entrar na discussão de que se há ou não mulheres que realmente acham isso bom (porque eu sei que elas existem). O ponto aqui é o nosso comportamento (o meu, não... o deles... eu não faço isso), o comportamento desse tipo de “homem”.

Todo homem olha para mulheres na rua! Bem como toda mulher olha para homens! Eu já olhei, meu pai já olhou, Stevie Wonder já olhou (ops, foi mal...), minha mãe já olhou, minha avó já olhou, a Kátia, a cantora, já olhou (ops... mal de novo). “Olhar não arranca pedaço”, diria o ditado. O problema aqui é outro; aliás, são dois: primeiro, o olhar ficou muito indiscreto, quase que desnudando a outra pessoa; depois, não basta só olhar. É preciso buzinar!
"Nossa, que gostosa!"
Taí uma coisa que você nunca vai ver ele fazendo!
Nem ele!
Porque ele tem classe!
Na última sexta-feira, estava indo almoçar perto do meu trabalho e atravessei a W3 Norte bem em frente ao Brasília Shopping. Lá, estava uma adolescente, que não deveria ter mais de 18 anos, panfletando no sinal e vestida com uma calça de lycra preta (roupa típica dessas situações!). Passou um carro; buzinou. Passou outro carro; buzinou de novo. Passou o terceiro; mesma coisa! A menina se irritou e mandou o dedo! Certíssima! Se eu fosse mulher, só panfletaria armada! Cada buzinada seria um tiro no pneu (ou na buzina) do carro! Só para começar!

Homens (ops... foi mal de novo), vocês que buzinam: não adianta! Você não vai “pegar mulher” buzinando para elas! Você não vai “pegar mulher” soltando aquelas famosas “cantadas de pedreiro” para elas (minha prima Mariana tem uma história ótima!). Buzinando para elas, você apenas contribui para o crescente asco, para o nojo que boa parte das mulheres sente pelos homens em geral hoje em dia! Além de contribuir para o aumento da poluição sonora!

Faça um favor a você mesmo, às mulheres e à humanidade: desapareça! Ou venda seu carro! Na verdade, eu ia pedir para você deixar de ser playboy, de ser peão, mas é mais fácil eu gostar de Teatro Mágico (ops... foi mal, mas aí é demais!).

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Antiácido da Semana - Ferris Bueller's Day Off (Curtindo a vida adoidado)



O filme campeão de exibições na Sessão da Tarde é a minha dica de Antiácido da Semana! 
Nada a declarar! Você já assistiu a esse filme pelo menos duas vezes só neste ano!


O que??? Não assistiu??? Nunca???

Parei com você, amigo! Você precisa de tratamento!

Veja, pelo menos, essa cena antológica e espere semana que vem, pois ele vai passar DE NOVO na Sessão da Tarde! Aproveite, porque é a última vez este mês!


http://www.youtube.com/watch?v=up329jBbywM&feature=fvwrel

Bom fim de semana para todos! E salvem Ferris!
















O que? Você ainda está aqui? O texto já acabou! Vá embora!
Tchau!

Acidez do Dia - Ex-artistas em atividade (parte 1)


Amigos e amigas, parentes e aderentes, uma verdade: a idade chega para todos! Pior: a “idade cultural”, aquela que determina se você ainda faz sucesso ou não, se você é relevante ou não no cenário cultural, chega mais rápido ainda! Alguns artistas, porém, encapsularam-se em uma redoma e custam a enxergar que “já deu, amigo”! Ao contrário de Sílvio Caldas, que parou e voltou um milhão de vezes, esses cantores não perceberam que o seu tempo já se foi! Eles foram importantíssimos em suas épocas, disso não tenho dúvidas, tampouco questiono! São gênios, únicos em sua classe (alguns não... são chatos mesmo, né Oswaldo?), mas, hoje... é... como dizer sem ser agressivo?... já deu, amigo!
Vamos a eles!

Chico Buarque – Sim, eu adoro Chico Buarque! Do “Francisco” pra trás! O gênio “intocável” da MPB insiste em lançar material novo após material novo. Chico, hoje em dia, é melhor escritor do que compositor (e olha que seus livros são fraquinhos, fraquinhos)! Chico, faça um favor à sua genialidade, à sua representatividade na MPB: pare de compor e faça shows quando quiser, só com músicas antigas. O grande público só quer isso! Meia dúzia de gatos pingados que se acham os “intelectuais” da música gostam dos seus discos recentes (porcarias sem tamanho, diga-se de passagem)! Por favor, pare, a tempo de a gente "poder se desvencilhar da gente"! 

Vida, sua vida... olha o que é que você fez com esse moço!
Caetano Veloso – Ai, ai, ai! Show com uma bandinha de neófitos cheios de espinha na cara (e péssimos músicos); show com Maria Gadú (misericórdia! Lésbica por lésbica, melhor tocar com Ana Carolina ou Zélia Duncan, que têm um pouco mais de talento e não cantam atrocidades como “Shimbalaiê”, uma das coisas mais detestáveis de toda a história da música brasileira); show com não sei quem mais...; disco ruim atrás de disco ruim! Caetano, vá cuidar de sua mãe “highlander” e poupe-nos de porcarias como “Zii e Zie”! Por favor!

"Só pode haver um, meu filho! Deixe Bethânia encher o saco deles com verba pública!"
Djavan – Seus discos novos são “mais do mesmo”: novas músicas para velhas músicas! Mas, ainda assim, o alagoano, dono de uma voz linda em disco e péssima ao vivo, só cometeu um pecado em vida: não ter encerrado a carreira antes de coisas como Jorge Vercilo, O Teatro Mágico e afins aparecerem! Vai ficar sempre com o estigma da influência exercida sobre essas porcarias!

Tá vendo o que você fez, Djavan?  Muito obrigado, viu?
Oswaldo Montenegro – Ah, esse é meu predileto! Ele é ex-artista desde que começou a cantar! Que poesia chata, que músicas insuportáveis! O pior é ver gente de 50, 60 anos, cantando essas porcarias (executadas por cantores de boteco também com mais de 50) como se tivessem 15, 18 anos!!! Minha nossa senhora! Como ele mesmo diz em uma de suas músicas, “O chato”, só te tacando no mar, Oswaldo! Vou fazer de tudo para que minha filha não passe nem perto de suas canções! Até lá, você já estará enchendo o saco de Deus, com aquela flautinha insuportável tocada pela Madalena! Credo! Coitado de Deus!

Sem comentários! Minha úlcera não aguenta mais! Pronto, falei!
Nando Reis – De todos, o que menos deveria estar aposentado (por enquanto, ressalto)! Nando escreve bem, tem músicas muito bonitas... mas teve uma diarreia mental e resolveu gravar uma porcaria chamada “O Bailão do Ruivão”! Até forró da mais baixa qualidade ele gravou (“você não vale nada/mas eu gosto de você”)! Mais uma dessas, Nando, é geladeira na certa! Daquelas frost-free, que não precisam descongelar nunca, só para não correr o risco de você renascer!

"Ui, como eu sou pop gravando Aviões do Forró!" Misericórdia dele, ó Pai, no dia do Juízo Final, ok?
Semana que vem, tem mais! Tomara que, até lá, pelo menos um daqui mencionado tenha decidido colocar a viola no saco e parar de encher nosso... é... saco também! 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Acidez do Dia - A apresentadora do Apocalipse!


De verdade: a essa hora, em todo e qualquer domingo, eu estou fazendo coisa MUITO MELHOR! 

Eis que você liga sua televisão na Globo, domingo, 12h30 (se você liga a televisão na sua casa domingo a essa hora, certamente sua vida já é uma merda e você não vai se incomodar com o que eu vou dizer... uma merda a mais ou a menos não vai fazer diferença), e se depara com o programa da Regina Casé, o famigerado “Esquenta”!
Sério, sério mesmo, gente: esse programa é uma das PIORES coisas que a televisão já produziu nos últimos cem anos! E, para completar, é apresentado por uma das pessoas mais soberbas, mais arrogantes e mais prepotentes da televisão brasileira: Regina Casé! A mulher que entende do povo! Ai minha úlcera! Satanás já tem o seu mestre-de-cerimônias para o Apocalipse! Pior do que o "Esquenta", só o Inferno! Sério mesmo: o Restart já esteve lá... e cantou pagode! Começo a me perguntar se o Inferno é mesmo pior do que o "Esquenta"! Calor por calor... ah, deixa pra lá! 
O pior é que o que ela faz (ou acha que faz), para ela, é genuíno! Vejam o que ela disse aqui em uma entrevista à revista Meio e Mensagem! Senhor, para o mundo que eu quero descer!

É muito dente nessa boca! Cruz credo!
Dar voz à periferia não é colocar uma global pseudo-socialista-do-Projac no meio de uma favela qualquer e fazer a comunidade passar vergonha! Tampouco é fazer o que Luciano Huck faz (mas isso é assunto para outra acidez)! Dar voz à periferia é fazer o que Mano Brown e seus Racionais fazem! Dar voz à periferia é ir lá e mostrar as mazelas, o abandono e o descaso, como várias vezes A Liga fez, com Thaíde e Rafinha Bastos (é... Rafinha Bastos não é só piada sem graça, não)! Pergunto a vocês: sabem quando é que Mano Brown e cia. pisarão no programa de Regina? NUNCA! Isso mesmo: NUNCA! Esses artistas enlatados, que não é o caso dos Racionais, estão pouco se lixando para as mazelas das comunidades: eles só querem vender mais e mais!
Além disso tudo (como se não bastasse), o programa é de uma pobreza artística sem tamanho! Um programa que se diz “brasileiro” só coloca atrações do Rio de Janeiro e do Nordeste! E é um festival de pagode mela-calcinha, forró eletrônico descartável, funk da pior qualidade (e existe funk de boa qualidade?)... enfim, um festival de horror! Pergunto novamente: será que é só isso que a periferia ouve? Será que não há música de qualidade sendo feita por gente da periferia? Ou não é interessante mostrar isso? Ou Regina e a Globo só querem vender o que já é sucesso na periferia?
É triste constatar, a cada dia, que o produto “perfeito” para as classes C e D é o pior possível: Calypso, Exaltasamba, Gaby Amarantos, Esquenta! Mais ainda: isso assola, a cada dia que passa, mais e mais pessoas das classes B e A! Como se os abastados pensassem que é chique, “cult”, ser da periferia! Aliás, diga-se de passagem: em tempos de petismo, é chique falar da e sobre a periferia, não é mesmo?
Duvide-o-dó que a Globo colocaria, no mesmo horário, um programa cultural diferente, que mostrasse as verdadeiras carências da periferia, o que se faz de bom lá e exemplos de sucesso fora do “antigo e caricato binômio ‘futebol-música popular’”, como diria Roberto Pompeu de Toledo. 
No entanto, já que isso não é possível, vá passear, vá ao parque, vá ler um livro, vá fazer faxina na sua casa, vá fazer qualquer coisa! Mas, por favor, não ligue a tevê domingo, às 12h30, na Globo! Não assine seu atestado de imbecilidade! Só se você for muito imbecil mesmo!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Acidez do Dia - "Moça, me dá uma empada?"


Descobri a razão da minha acidez: aquela empada não estava muito boa! Agora sei o motivo!

A mente humana é capaz de qualquer coisa. Se eu duvidava disso, esse caso do canibalismo de Garanhuns (PE) me provou o contrário! Não basta ser canibal: é preciso compartilhar com os outros a sua aberração.
O que acontece realmente com o ser humano? Eu digo dentro da cabeça mesmo? O que leva uma pessoa a matar outra, esquartejar, enterrar os restos no quintal de casa e pegar um pouco da carne para fazer empada? E o pior: depois de descoberto o crime, as pessoas começam a revelar como as empadas eram vendidas (link aqui).


"Não é empada não, moço..."
A loucura não é exclusividade de um pequeno grupo de pessoas. A loucura é pública, diria André Comte-Sponville. Mais ainda: há pessoas que pagam pela loucura dos outros. Com a própria vida!
Se a loucura é pública, as suas causa e consequência devem ser parte, também, de uma política pública de governo, com o intuito principal de assegurar àqueles que não são "loucos" o seu principal direito: o da vida!
A culpa, nesse caso pernambucano, recai tanto nos "loucos" quanto nos poderosos: o idoso responsável pelas mortes já havia sido condenado por assassinato. E estava solto! E louco! E com vontade de diversificar os seus negócios, vendendo salgadinhos de carne humana. Mais bizarro do que isso, impossível!
Não se investe em educação, não se investe em saúde (em todos os seus níveis, não apenas a parte do corpo)! A pobreza AINDA assola grande parte do país, ao contrário do que a turma petista alardeia. E aí vem a coincidência: o crime aconteceu na cidade do ex-presidente Lula! Nada mais sui generis, não é mesmo?
Um crime com requintes de crueldade!
Um crime bizarro!
Um crime que daqui a uma semana, ninguém comentará mais nada! Ninguém nem se lembrará disso! E que venham mais empadas, coxinhas, quibes e afins! Nada que um Estomazil não resolva, não é mesmo? Credo!

Morra de inveja, Johnny Depp!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Acidez do Dia - A antítese de Deus!

Olá, senhores e senhoras, tudo bem? Apresento-lhes o Mesmo!


O Mesmo é um cara solitário! Não conhece ninguém, não é casado, não tem filhos! Não tem namorada ou namorado (nada contra, até seria legal...)! O Mesmo só tem um ofício: colocar medo na gente! Ele sempre está à espreita, no hall dos elevadores de todo e qualquer prédio residencial e de todo e qualquer prédio comercial. O Mesmo é a antítese de Deus: não está em lugar nenhum! Ele é "antipresente"!
O Mesmo é a causa dos elevadores demorados, cheios, apinhados de gente. Você já reparou que em edifícios comerciais, ninguém sobe sozinho no elevador? Sabe por quê? Porque todos temos medo do Mesmo! A pessoa chega no hall dos elevadores e se depara com esta placa:

É, amigo... que medo, hein? 
E cadê o Mesmo? Ele não está lá! Nunca está! Nunca estará! O Mesmo é a antítese do Popular, personagem eternizado por Luís Fernando Veríssimo! O Popular, na verdade, está no hall com seu envelope pardo, esperando pelo Mesmo para poder entrar no elevador! 
E onde estará o Mesmo? Será que ele está em alguma sala daquele andar, observando de soslaio as pessoas angustiadas, querendo, desejando sua presença para poderem entrar no elevador? Que angústia, meu Deus! 
O pior acontece nas residências, nos apartamentos! Você chega em casa, de madrugada, sozinho, sozinha; estaciona seu carro e entra na sua portaria. De repente, você olha para o aviso acima! O seu porteiro dorme na guarita! Não há ninguém no hall (será?), e você tem medo de olhar no corredor do elevador de serviço, pois o Mesmo pode estar lá! Ó, dúvida cruel: você sobe sem ver o Mesmo? Fica esperando até o Mesmo aparecer? E a bexiga apertada? Nem Deus pode te ajudar nessa hora, meu amigo, minha amiga! Nem mesmo o Mesmo! Só um conselho: antes de entrar no elevador, verifique se ele, o elevador (e não o Mesmo) encontra-se ali, parado, aberto, com o chão bem na sua frente! Porque se ele, o elevador, não estiver ali, além de não encontrar o Mesmo, você pode ter a chance de encontrar Deus, ou seja, Ele Mesmo! 
O Mesmo, na verdade, só pede uma coisa: que vocês parem de usá-lo indiscriminadamente! O Mesmo é uma entidade típica, única e exclusiva dos halls de elevadores, públicos ou privados! Ele fica possesso em ser utilizado nos textos jornalísticos, nos discursos políticos, nas redações de concursos! Se o Mesmo não está nem nos andares, como o mesmo, ou o Mesmo, pode estar em todos esses lugares? "Deixem-me em paz!", diz o Mesmo! O Mesmo não tem tempo para aparecer por aí, dando uma de gostosão! Ele quer ser trocado por qualquer outro pronome, menos o Mesmo! 
Lembre-se: o Mesmo está por aí, em qualquer lugar, menos no andar daquele elevador que você vai pegar para descer ou subir, para sair do trabalho ou chegar no seu apartamento! E se você mora em casa e trabalha em local que não possui elevador, cuidado! É justamente aí que o Mesmo não estará! E se ele é a antítese de Deus, verifique se o Mesmo (Meu Deus, o Mesmo quem? Deus ou o Mesmo?) encontra-se ali! 

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Acidez do Dia - A morte e a morte do substantivo comum de dois!


Desculpem-me, mas eu estou bufando aqui! Espumando mais do que cachorro louco (ou cachorra louca... ou os dois... ou nenhum... ah, sei lá)!

Morra de inveja, Camille Paglia! Feminismo pouco é bobagem!

A cretinice humana é ilimitada, igual ao sinal da TIM! Quando eu penso que ela (ou ele) chegou ao limite do impossível, eis que surge a maior cretinice dos últimos tempos: a presidente Dilma (sim, eu vou chamá-la de presiDENTE até o fim do texto, e não tem lei que me faça mudar) sanciona uma LEI (sim, uma LEI), aprovada pelo Congresso Nacional (sim, pelo CONGRESSO), obrigando instituições de ensino a expedirem “diplomas e certificados com a flexão de gênero correspondente ao sexo da pessoa diplomada, ao designar a profissão e o grau obtido” (link aqui).
Eu, realmente, como dizem os mais jovens (ou as mais jovens... ou os dois... ou nenhum... ah, enfim!), “parei contigo, Dilma”! Você até vem fazendo um bom governo, é verdade! Melhor do que o seu antecessor L13. Mas convenhamos: gastar o seu tempo e sua massa cinzenta, que já não é lá essas coisas, com uma mesquinharia dessas, é demais!
Agora, a partir da lei, teremos “torneiras-mecânicas”, “pilotas”, “dentistos” e aberrações afins! Meu Deus, que fase, hein Dilma?
Não é preciso apenas governar: é preciso e necessário chocar! E mudar a gramática! Faltou colocar um artigo na lei: “Art. 4°A partir desta data, fica oficializada a morte do substantivo comum de dois gêneros”. Grosso modo, é isso que acontecerá. Se a lei obriga as instituições de ensino a expedirem os diplomas com a flexão correspondente, o jornalisTO e a jornalisTA terão seus diplomas de acordo com o devido gênero. E se o cara for gay (nada contra, até... ihhh, lá vem ele de novo!!!)? Olha que legal: ele pode escolher como ser chamado! Que tudo, amigããã!
O jornalisTO Celso Arnaldo Araújo escreveu em uma coluna que Dilma deve achar que essa lei é a maior realização de seu governo até agora! Ela mesma, que já chamou as criancinhas brasileiras em pronunciamento como “brasileirinhos e brasileirinhas”, e que já se adereçou aos jovens em um congresso de estudantes como “jovens homens e jovens mulheres”. Ué, como ficamos agora? Preparem-se, concurseiros e concurseiras: certamente surgirá uma autarquia especializada em criar e modificar os substantivos comuns de dois gêneros.

Essa decisão é de um machismo às avessas sem tamanho. A língua é viva, não se constrói por decretos e leis. Cria-se, principalmente, uma aversão ao feminismo enlatado do PT. Não mais se queimarão sutiãs... queimar-se-ão gramáticas e vocabulários. 
Chega, Daniel, como diz minha tia Célia! Como disse uma amiga da minha irmã, muito sabiamente, por sinal (e apenas para deixar bem claro): quero que continuem me chamando de Daniel, para evitar problemas futuros, ok? 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Antiácido da Semana - Elis Regina


Nada é tão ácido que um antiácido não melhore, não é mesmo?

Para aplacar a acidez destilada durante toda a semana, toda sexta-feira será dia do “Antiácido da Semana”, uma dica, um post sobre algo que realmente vai funcionar como um antiácido contra a verborragia leguminosa produzida por este que vos fala!
Eu queria começar este quadro homenageando alguém que realmente mudou a minha história musical e, principalmente, a do Brasil: Elis Regina Carvalho Costa (e ainda tem o meu sobrenome, a coisinha)!

A Pimentinha!
Elis morreu em 1982, há 30 anos (direto do túnel do tempo, como diria Cissa Guimarães...). Junto com ela, um jeito de cantar, de interpretar, de se entregar no palco que muito foi imitado, mas jamais igualado! A Pimentinha, como era chamada, lançou moda, lançou cantores, lançou mão de sua vida pessoal para ser a maior cantora do Brasil. Um único senão: podia ter parado no Pedro... mas a culpa é do pai, Cezar Camargo, por ter incentivado Maria Rita a cantar (lá vai o outro destilando ácido... Credo, Daniel, você não consegue, né?)... mas enfim, isso não vem ao caso!
Como Antiácido da Semana, Elis Regina, em uma de suas melhores interpretações, na minha humilde opinião: “Vida de Bailarina”, de Américo Seixas e Dorival Silva, eternizada na voz da “Sapoti” Ângela Maria. Curtam e se emocionem! E se arrepiem até o último fio de cabelo da coluna... aquele bem lá embaixo! Bom fim de semana! 


Acidez do Dia - A bota do meu tio, amigããã!

De verdade: mal sabe falar português e quer se meter a falar inglês? Hellooo!!!
Hoje, vou falar sobre dois temas! A princípio, temas que não têm relação entre si, mas têm, e muita!
Moda e língua inglesa! E língua portuguesa, por tabela!
Antes de começar, vejam isso:


O nome desse tipo de sapato é "Ankle boot". Por que? Porque ele é uma bota curta, cujo corte termina na altura do tornozelo ("ankle", em inglês).
Pois a imagem foi retirada da página da Republic Shoes (sapatos da república, em português! "Oh, não diga, Daniel!?" Digo sim, o blog é meu e eu falo o que eu quiser, cacete!!!).
Não, lá você não vai encontrar os sapatos da Dilma ou da Ideli, não mesmo (nada contra... mas você imagina a Dilma com um sapato desses?? Arrazzou, amigããã!)! Lá você vai encontrar ISSO!
Sim, lá você descobre que esse sapato é a bota do meu tio ("uncle boot"). Das duas, uma: ou meu tio é muito, muito gay (nada contra, até seria legal ter um tio gay!), ou a pessoa que fez a página da loja não sabe nada de moda, ou de inglês, ou dos dois!
Você deve estar se perguntando: "Como o Daniel sabe que o nome desse sapato é ankle boot"? Respondo: eu não sou gay (nada contra, até seria legal... peraí, não, não... foi mal!!!), apenas tenho uma namorada com muito bom gosto para moda, que sabe tudo sobre moda, que se interessa sobre moda e é professora de inglês! Portanto, TUDO que sei sobre moda devo a Carol. Até mesmo saber o nome dessa bota horrorosa (desculpa, amor, mas é ela não é legal, não!!!). E mais: já passei por uma situação, no mínimo, constrangedora, quando elogiei uma ankle boot de uma ex-colega de trabalho, em público, e todos me olharam com aquele olhar de queixo no ombro, cabeça baixa, biquinho na boca, pensando: "hummm, que gay, que viado!!!" (nada contra, até... porra, para com isso, Daniel!!!). Enfim... aprendi que não devo mais elogiar uma ankle boot em público!
O problema maior é o seguinte: nossa língua portuguesa é tão rica em vocabulário, mas ela não "combina com moda, amigããã"! Não dá para chamar essa bota de "bota do tornozelo"! Não vai ficar legal, né amigããã!? Imagina a propaganda da Polyelle, anunciada pela Nívea Stellman:
"Bota do Tornozelo Azaléia, R$ 49,99"! É, amigããã, não vai ficar bom!
Tudo bem! Quer usar o termo em inglês, tudo bem! É um direito seu, seu usurpador do português! Ótimo! Mas, antes de escrever, PESQUISA A PORRA DO TERMO EM INGLÊS, AMIGÃÃÃ! O site é um site ESPECIALIZADO EM SAPATOS! "Que belêêêêza", diria Milton Leite!
O problema todo não é o conceito, não é a afetação intrínseca (nada contra, já disse, porra!), e sim o mal uso do inglês em detrimento de usar um termo diferente, novo, original em português! O problema todo é que esses pseudo-fashionistas, mulheres, homens, gays, lésbicas e afins, posam de inteligentes se usam um termo em inglês!!! Amigããã, não rola! Quer usar um termo em inglês? Pesquise antes, amigããã! Ou coloque o nome da bota de "Bota do meu tio"!!! Olha como ia ficar fofo, amigããã!!!






quinta-feira, 12 de abril de 2012

Acidez do Dia - Dom de ser perseguida!


De verdade: quem se lembra de um bom trabalho da Luana Piovani como atriz, sem que ela não tenha mostrado o corpo?
Luana começou seu “trabalho” como atriz na série “Sex Appeal”, de 1993, e de lá para cá, foi “emplacando” trabalho atrás de trabalho no teatro, no cinema e na televisão. Conforme os trabalhos foram aparecendo, seu verdadeiro “talento” foi surgindo: o de se achar a verdadeira diva, o de ser verdadeiramente chata, insuportável, pseudo-autêntica.
Tenho cá minhas dúvidas: se o Twitter não existisse, acho que Luana já teria inventado uma nova rede social, só para ela (afinal, ela é o máximo, não é?)! E seria mais chata ainda!
A quantidade de polêmicas é diretamente proporcional à quantidade de namorados que ela já teve: só no Wikipédia, são listados dez – link aqui – fora o atual marido, Pedro Scooby (“ei, Salsichaaa!!!). Tadinho do filho Dom! Olha os pais que ele tem! Misericórdia! 
P.S. Pelo amor de Deus, quem coloca um nome desses no filho? Só Marisa Monte e seu Mano Wladimir superam a aberração!
Mas o ponto principal a ser discutido aqui não são os namoros, o nome do filho ou o talento artístico de Luana, e sim a sua chatice, a sua eterna “incompreensão” dos outros para com ela. Ou, como ela mesma diz, o “preço que pago por ser autêntica... eu sou muito perseguida”!
Ela já posou  nua  quatro vezes para a Trip (só não mostrou a “perseguida”). E diz que nem por um milhão de dólares, mostra a “perseguida”! Minha querida, algumas informações:
1 – pela quantidade de namorados que você já teve, sua “perseguida” já é pública! E garanto que eles pagaram muito menos para vê-la!
2 – ninguém quer ver ou ter sua “perseguida”, meu amor! Haja tratamento ginecológico, viu?
Ela se acha uma verdadeira formadora de opinião!
1 – formador de opinião tem repercussão por aquilo que verdadeiramente importa para a sociedade em geral. Falar de alguém que posou na G Magazine e é gay, por exemplo, não gera e não tem relevância social. É só uma polêmica vazia – link aqui!
2 – ninguém pode sequer te contrariar, porque você já fica toda ofendida! Quem bate, tem de saber receber porrada também! Não pode ficar “dodói”, como diz minha namorada! Na verdade, nem sei quem é pior: ela ou os outros que se importam com a opinião dessa, como diz um deles, “vaca”!
3 - quer se irritar mais com tamanha babaquice? Clique aqui e veja as polêmicas de banheiro público de Luana!
A verdade é: Luana não nos faz falta como artista, em qualquer área. Luana é daquelas pessoas descartáveis, de polêmica vazia, inútil, que só polemiza para aparecer! Seu talento é altamente relacionado à exposição de seu corpo. E agora, depois de grávida? Vai ser a mesma coisa?
Enquanto pessoa pública, Luana deveria se preocupar em usar seu suposto “poder de indignação” para fazer coisas voltadas ao bem da sociedade. Alguém se lembra de algo que ela fez para o bem geral? Boa ações de Luana Piovani são iguais à sua  perseguida: só pouquíssima e seleta gente viu! E olhe lá! Capaz de ela transar de luz apagada, só para não verem sua... ah, deixa pra lá! Ela vai achar que está sendo perseguida

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Acidez do dia - O Teatro Mágico

De verdade: alguém gosta mesmo dessa banda? 
Adoro uma frase atribuída ao Paulo Francis, quando perguntado se já tinha lido, à época, o novo livro do Paulo Coelho: "Não li e não gostei"!
Não sou tão radical, apesar de que sou favorável a que qualquer pessoa emita qualquer opinião, mesmo se não leu, não ouviu, não viu nada! O importante é falar! 
Para não ser um Paulo Francis (e nem tenho pretensão de sê-lo, quisera eu), fui na página d'O Teatro Mágico no Facebook e baixei o novo disco deles, "A Sociedade do Espetáculo". Já tinha uma pré-opinião formada a respeito dessa banda, mais um cabide de emprego do que qualquer outra coisa. Para mim, uma banda que tem mais do que cinco membros vira repartição pública: tem um chefe, uma secretária e um monte de orelha-seca que só faz número e não produz nada! Móveis Coloniais de Acajú que o diga (outra porcaria, mas essa banda será tema de uma acidez futura)!
Voltando a'O Teatro Mágico, essa banda dá azia até em um caminhão cheio de Sonrisal, como diria minha cunhada! Antes de mais nada: os músicos são ótimos! Pela execução das músicas, vê-se muita qualidade nos instrumentistas. O problema reside essencialmente nas músicas: são horrorosas. Esqueceram de avisar aos compositores (Daniel Santiago, Fernando Anitelli e Gustavo Anitelli, na maioria das faixas) que o jeito "Humberto Gessinger" de escrever letras já está ultrapassado, amigos! Coisas do tipo "Amanhecerá/de novo em nós/Amanhã... será?", na faixa "Amanhã...será?", pelo amor, né amigos? Poesia barata de ensino médio! Nas minhas aulas de redação, isso mereceria um zero e uma ida à coordenação! Entenderam o trocaralho do cadilho, hein, hein? Boa, garoto! Nenhuma faixa escapa desse artifício de composição barato! A faixa "Da entrega", então... misericórdia! Uma mistura de Jorge Vercilo com pitadas de Dave Matthews com preguiça de compor e um andamento que você não consegue acompanhar nem bater o pé! Empolgante! Queria que essa música fosse a música do meu primeiro exame de próstata! 
Mas o pior não são as músicas! O pior é o show deles - que tem essas músicas sendo tocadas ao vivo, POR ELES TODOS PINTADOS, igual palhaços, "clowns"! Ah, fala sério! Haja Estomazil! Assisti a um show deles em São Paulo, em 2007, para nunca mais! Se você parar num sinal de trânsito aqui em Brasília, daqueles em que os malabares fazem suas apresentações em troca de uns trocados, você terá uma noção do que é o show d'O Teatro Mágico! Só faltarão as músicas insuportáveis! É tão empolgante quanto uma mousse de chuchu! Eles precisam tanto das pinturas porque se tocarem sem elas, o povo foge! É uma espécie de Kiss da música brasileira: tira a tinta, acaba a banda! Virarão um cover deles mesmos! Eles são pretensiosos, pseudo-inovadores no som e na apresentação, mas o que eles fazem não é nada de novo, muito pelo contrário: Secos e Molhados já faziam isso, COM MUITO MAIS QUALIDADE, há 40 anos! E SÓ COM TRÊS INTEGRANTES! E com Ney Matogrosso cantando. Haja feijão com arroz, Fernando Anitelli! 
Confira o que eu estou falando: eles vão tocar na Calourada do dia 28 de abril, aqui em Brasília. Mas vá por sua conta e risco! Show deles é sinônimo de encontrar playboyzinhos e patricinhas pseudo-amebas-intelectuais-formadores de opinião que preferem em ouvir isso a buscar poesia e música de qualidade! Os corredores da UnB estão lotados desse tipo de gente! Verdadeiros viúvos e viúvas de Marcelo "Bleargh" Camelo e cia. (aguarde sua vez, Los Hermanos)! Nem com um caminhão de Sonrisal, eu aguento uma porcaria dessas! 

A causa, motivo, razão ou circunstância desse blog!

Pessoas,
há tempos venho querendo construir um espaço para críticas. Ouço muita porcaria e muita coisa boa na música. Vejo muitas aberrações e muitas maravilhas no cinema. Leio muita porcaria e muitas obras-primas na literatura. Não tenho mil discos em casa, não tenho mil filmes em casa, não tenho mil livros em casa! Nem perto disso! Mas isso não me impede de criticar o que é ruim e de elogiar o que é bom! 
O que me motivou, mesmo, a abrir este espaço foi a possibilidade de me expressar diariamente sobre temas que me são afeitos, temas de que gosto muito. E a porrada vai comer solta, doa a quem doer, eu incluso! E, sim, eu levo para o lado pessoal certamente! Afinal, criticar tem a ver com gosto! 
Critico porque não gosto! 
Elogio porque adoro! 

Sejam bem-vindos!

Sejam bem-vindos ao Limão com Jiló! Sirvam-se à vontade! Com bastante gelo, porque as pancadas vão doer! 

O espaço aqui é para criticar, elogiar, falar bem, falar mal, descer o malho, enfim, em tudo o que eu acho ruim, bom, péssimo, maravilhoso, horroroso na música, na literatura e no cinema!

Um abraço!

Daniel