quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Acidez do Dia - Todo carnaval tem seu fim, menos para os Los Hermanos!


Bem, meus amigos, chegou a hora pela qual todos esperavam: a minha crucificação! Hoje é dia de falar mal de um patrimônio cultural da pseudo-intelectualidade brasileira, a banda pela qual as amebas universitárias que poluem os corredores de nossas faculdades choram copiosamente a cada final – cuidadosamente planejado, por sinal: Los Hermanos! Credo! Minha pele começa a se coçar toda só de escrever este nome! Que nojo!

Vamos começar pelo fim! Literalmente! Ninguém pediu, de verdade, para vocês voltarem! E o que é pior: vocês voltaram porque terminaram! Não basta ser ruim uma vez! É preciso voltar e comprovar a ruindade! Mostrar para todos que letras como “Pierrot”, “Todo carnaval tem seu fim” e “Anna Julia” são primores de vazio poético! Mostrar que os músicos são péssimos, sem qualquer carisma, e se acham os novos paladinos da música brasileira! Na verdade, ninguém pediu para vocês nascerem! Que dirá voltarem! A banda é horrível!

Mas não basta só ser horrível: é preciso ter uma aura de intelectualidade, de intangibilidade; é preciso alçar a banda à condição de “semideuses do Olimpo musical brasileiro”. O séquito de fãs dessa banda é composto de eternas viúvas de Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Bruno Medina e comparsas! É quase uma verdade absoluta: não se pode falar mal dos Los Hermanos! É crime inafiançável! E o pedido de prisão é redigido por Joaquim Barbosa, se bobear!

Qualquer coisa que se diga contra a banda é motivo de fuzilamento! Quando a banda acabou pela primeira vez, a UnB suspendeu as aulas por falta de quórum! NÃO HAVIA ALUNOS PARA ASSISTIREM ÀS AULAS! Todos estavam aos prantos! Várias tentativas de suicídio coletivo foram registradas (nenhuma teve sucesso, infelizmente!).

Corredor da UnB no dia do anúncio do fim da banda! 
Eu tive o desprazer de assistir a um show dessa banda em 2004! Os músicos da banda, todos eles, são horríveis! Péssimos! Tocam mal e cantam pior ainda! Mas a pior coisa de tudo foi o público: eles cantam TODAS, eu disse TODAS AS MÚSICAS em voz alta, como se estivessem em um culto religioso! Ou um culto satânico, porque aquilo, para mim, foi a visão do inferno! Eu tenho para mim que o Canhoto lança sobre nós maldades, pragas, que não percebemos de primeira! Los Hermanos é uma delas! É uma obra do Diabo essa banda (junto com a azeitona e a mousse de maracujá)! 

Mas não basta ser só ruim: é preciso influenciar porcarias ainda piores, como Teatro Mágico, Móveis Coloniais de Acajú e outros tantos cabides de emprego travestidos de bandas! É preciso, também, aliciar uma menor e convencê-la de que você é gênio, só pra comer a menina, né Marcelo? Tadinha da Mallu Magalhães! Ela já era ruim! Depois que deu para você, ficou pior! Só falta nascer dessa união um "bebê de Rosemary" da MPB! Credo cruz! Pé-de-pato-mangalô-três-vezes! Ui!

Por favor, alguém faça uma vasectomia nesse cidadão! Urgente!
Antes que seja tarde demais!  
Eu não tenho mais nada a falar sobre essa porcaria! Se você gosta dessa banda, o Juízo Final vai tomar conta disso por mim! Vai estar lá marcado no seu currículo: fã de Los Hermanos! Como diz o “poeta”: "Deixa eu brincar de ser feliz/Deixa eu pintar o meu nariz”! Deixo, claro! Mas Deus tá vendo! Ele não vai ser misericordioso com você, seguidor de Marcelo Camelo e cia.! Pensando bem, um mundo seria um lugar melhor de se viver sem os fãs dos Los Hermanos! Um mundo onde o carnaval tenha um fim, sim! E onde os Los Hermanos não existam mais! 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Acidez do Dia - Vou vender minha Ferrari! Ela é muito para mim!


Eu não sei, mas tenho a impressão de que Nelson Rodrigues é, e sempre será, o nosso maior pensador! Em tempos de “autoafirmação nacional”, Copa do Mundo e Olimpíadas e o escambau, eis que me deparo com a seguinte pérola Rodrigueana:

O brasileiro é um Narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a autoestima.”

Capachão: próximo piloto brasileiro da Ferrari!
Pode parecer que o fato que eu vou mencionar a seguir não possui qualquer relação com isso! Mas acredite, meu amigo, minha amiga, possui e muito! Felipe Massa, da Ferrari, faz o quinto tempo no treino classificatório para o GP dos EUA, realizado no último domingo. Seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, faz um treino ruim e marca o oitavo tempo. Alonso briga pelo título com Vettel, da RBR. Massa, por outro lado, apenas luta para terminar dignamente o campeonato. E o que a Ferrari faz? Ela rompe propositadamente o lacre do câmbio de Massa para que ele seja punido e perca cinco posições no grid! Para quê? Para que Alonso ganhe uma! Uma! UMA! APENAS UMA! E largue em sétimo.

É o tal negócio: o cara é funcionário da equipe e, como tal, tem de cumprir ordens. Da mesma forma que Rubens Barrichello deixou Michael Schumacher ultrapassá-lo na última curva por determinação da Ferrari. Aí eu me pergunto, aí eu te pergunto, amigo leitor: ordens foram feitas para serem cumpridas, certo? E quando elas atingem a sua dignidade enquanto ser humano? A sua hombridade? Para essas perguntas, o psicoterapeuta e médico Humberto Mariotti tem uma ótima resposta:

“A baixa autoestima deprime as pessoas e a depressão estreita obscurece o seu horizonte mental. Tudo isso faz com que elas se encolham num casulo defensivo, o qual, por sua vez, contribui para o estreitamento e obscurecimento de sua visão de mundo.

Eu realmente não consigo entender que um ser humano, na posição em que Massa se encontra, ou na que Barrichello se encontrava, não lute, não questione, não se coloque perante as injustiças. Só que, por outro lado, o comportamento deles é o nosso comportamento, guardadas as devidas proporções e situações. Perante as injustiças que nos são postas, baixamos as nossas cabeças! “Sou funcionário, preciso do trabalho”! “Não posso reclamar... eu preciso do emprego”! E assim caminha a brasilidade vira-lata!

O problema todo é: estamos nós, brasileiros, confundindo cordialidade com subserviência! Nós, hoje, somos uma nação de Capachões, o personagem puxa-saco da TV Colosso! Tudo está bem, nosso chefinho (ou chefinha) é magnânimo (ou magnânima)! E o resto? Ah, deixa pra lá! Pra quê reclamar? Mas Ayrton Senna jogou o carro pra cima de Prost! Mas Nelson Piquet tirou o papel higiênico do banheiro de Mansell durante uma sessão de “problemas intestinais” do inglês. Os métodos são errados? Não tenho dúvidas de que são. Tanto quanto não reclamar, não se posicionar! Na essência da coisa, porém, perdeu-se isso nos brasileiros, sejam eles esportistas, políticos de bem, pensadores, formadores de opinião: o inconformismo! Lutar até o fim, com as armas que se tem, em busca do que é certo mesmo, do que é justo! 

Termino esse texto com a sensação de que eu não falei tudo o que queria falar. Acho realmente que está faltando alguma coisa a ser dita. Mas, enfim, vou deixar assim mesmo! Já tá bom demais! Não vou reclamar, não! Dá muito trabalho! É melhor deixar como está!

Parabéns, Massa! Parabéns, Barrichello! Vocês são exemplos para o nosso povo! Só quero que vocês dois saibam de uma coisa, porém: para vocês eu não vendo minha Ferrari!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Acidez do Dia - O maior cabide de emprego da música brasileira!


Eu sempre tive a tendência de não gostar de banda com mais de cinco, seis integrantes, no máximo. Vá lá: fazer um show, uma apresentação, um especial... mas ter esse tanto de gente no grupo só traz problemas! Muitos egos, muitas vontades e pouca atenção ao que realmente importa: a qualidade da música.
Móveis Coloniais de Acaju, este é o nome do maior cabide de empregos do Brasil musical. Essa banda só serve para mover a economia, porque a quantidade de empregos que ela mobiliza é fenomenal. A banda é tão grande que, para o próximo ano, o Cespe vai abrir um concurso para a vaga de baixista e de saxofonista. E não precisa ter curso superior, hein? Concurseiros de plantão, uni-vos! Eu estou fora!

Pessoal do Móveis indo ensaiar! Só o naipe de metal, na verdade!

Já ouviu falar de Teatro Mágico? Se não, leia aqui o que eu escrevi sobre essa palhaçada (com o perdão do trocadilho). Se já, você sabe do que estou falando então. Mas vamos ao processo histórico, que é importante nesse momento: É TUDO CULPA DOS LOS HERMANOS!!! Se Marcelo Camelo e Cia. tiveram alguma importância na música brasileira, essa importância foi “desamparar” suas viúvas ao final da banda. E o que as viúvas fizeram, hein, hein? Isso mesmo, montaram outras bandas que não têm nada a ver com Los Hermanos, mas que são iguais aos Los Hermanos. Paradoxal, não é? Não na música! Um dia, eu ainda vou agradecer a Marcelo Camelo por esse serviço prestado a todos nós! Pessoalmente! Com uma faca! Ou com um disco do Móveis!
Voltemos a eles (Móveis): que bandinha xexelenta! Desconfie, caro amigo: uma banda que tem um naipe de metal usa desse artifício para esconder o quanto é ruim! Saxofonistas, trompetistas e afins nunca serão membros permanentes de uma banda! Ou nunca eram, até então! Naipe de metal em uma banda mascara o quanto o guitarrista é ruim e o vocalista, insosso! Bingo! Este é exatamente o caso do Móveis! A banda é ruim, o guitarrista é péssimo e sem criatividade, o vocalista é um engodo e o naipe de metal está lá, para mascarar essa ruindade generalizada. Ninguém se salva na banda, nem ela inteira!
E as letras? Bom, neste caso, e somente neste, a influência de Marcelo Camelo não aparece, mas sim a de Dinho e seus finados amigos do Mamonas Assassinas. Duvida? Leia isso:

Você tem alergia, micose, passa mal
Toma sempre um Melhoral
A crescente agonia do seu ser denuncia
O seu cheque especial
(Perca peso)

Bandas como essa se baseiam numa pseudofama que é alimentada por uma imbecilidade generalizada que toma conta das classes média e média-alta brasileira: qualquer público de 2, 3, 5 mil pessoas alça figuras e bandas como essa a um patamar de “gênios”, “visionários”, “deuses da música indie”. Vamos parar com isso e ter um pouco de massa cinzenta, não é meu povo?
Lanço aqui uma campanha: vamos nos mobilizar e colocar os integrantes da banda em outra área de atuação, que não a música. Vendedores da Atlântida Móveis (sempre perto de você), por exemplo! Ou fiscais de concurso público! 
Qualquer coisa, menos na música! 
Talento para isso é o que mais falta para eles!